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"Pílula do exercício" pode mesmo substituir a atividade física?



Um comprimido capaz de oferecer os mesmos benefícios ao corpo proporcionados pela atividade física é o desejo de quem detesta exercícios. Mas, além delas, pesquisadores também estão interessados no assunto há mais de uma década.

Recentemente, cientistas norte-americanos, do Salk Institute, em San Diego, anunciaram novas descobertas sobre uma droga experimental que pode, finalmente, trazer tais resultados. O remédio permitiu que camundongos conseguissem correr em uma esteira durante 270 minutos antes da exaustão, um valor 40% maior dos que não usaram a droga.

Mais do que melhorar o desempenho, os pesquisadores observaram que os ratos que usaram a droga por oito semanas perderam peso e tiveram um controle melhor dos níveis de açúcar, sugerindo que o medicamento também poderia ajudar pessoas com diabetes.

Assim como outros levantamentos na área, o objetivo da equipe de cientistas é descobrir, em termos moleculares, como funciona a resistência física e por que o esporte faz bem para a saúde. Com tais respostas, será possível criar pílulas que agirão no organismo humano da mesma maneira que acontece quando corremos ou fazemos qualquer exercício.

"Atualmente existem em torno de 200 genes que estão relacionados ao condicionamento físico e que são responsáveis, por exemplo, pelo aumento da queima de gordura, modificação do tipo de fibra muscular que temos, entre outros", explica Alexandre Carvalho, especialista em medicina do esporte. O foco da maioria das pesquisas é encontrar substâncias que alterem a ação desses genes.

Os estudiosos norte-americanos começaram a pesquisar uma droga já conhecida e voltada para tratamento cardiovascular, chamada GW501516. Usando ratos, eles observaram que o medicamento mudou a atividade de cerca de cem genes.Segundo os pesquisadores, o medicamento funcionou como uma espécie de reprogramação muscular, alterando o comportamento do músculo de contração rápida (usado em explosões de velocidade) para um de contração lenta (que não se cansa facilmente).

Entre os genes que ficaram mais ativos, estavam aqueles relacionados com a quebra e a queima de gordura. Em compensação, outros foram suprimidos, como os que convertiam açúcar em energia.

Mas é possível trocar o exercício por pílulas?

Ainda que as notícias sejam animadoras, restam muitos testes pela frente antes desse tipo de droga chegar ao mercado. "Da pesquisa básica para se chegar a algo mais prático é um passo muito maior. É preciso testar os benefícios, assim como os efeitos colaterais", pondera Carvalho.

No caso da droga GW501516, estudos já mostraram que em grande quantidade, ela pode causar câncer.

Alexandre Carvalho afirma que os exercícios físicos agem de forma integrada no organismo, melhorando a saúde em diversos aspectos. "Além dos efeitos físicos também tem os psicológicos, de se sentir mais disposto, superar seus limites, se desafiar, no caso dos esportes".


Um grupo que poderia se beneficiar com as pílulas seriam as pessoas impossibilitadas de fazer exercícios físicos, como aquelas que problemas de mobilidade. Com os efeitos, elas poderiam ter os mesmos benefícios do exercício, como perder peso.

Serviços:


Clínica de Medicina Esportiva Dr. Alexandre Carvalho

Endereço: Rua visconde de Pirajá, 580 – Ipanema.
Telefone: 3042-5718
Site: www.alexandrecarvalho.com.br


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