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DEZEMBRO LARANJA: câncer de pele e cirurgia plástica



O mês de Dezembro é direcionado à prevenção do câncer de pele. O chamado Dezembro Laranja tem como objetivo chamar atenção para a doença que corresponde a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil.

É preciso saber que existem diversos tratamentos e cirurgias para cada tipo de câncer de pele. A escolha da técnica irá depender do tamanho do tumor e da localização, dentre outros detalhes. O procedimento de retirada pode ser feito, na maioria das vezes, em consultórios médicos e clínicas, desde que atendam os padrões estabelecidos para a segurança do paciente.

O cirurgião plástico Marcelo Moreira, membro especialista da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e integrante do serviço de cirurgia plástica do INCA, explica que as técnicas utilizadas para a remoção das lesões visa preservar a saúde e a aparência do paciente. “É importante lembrar que nenhuma cirurgia está isenta de deixar cicatrizes, porém um bom cirurgião irá fazer o possível para deixar a pele do paciente com a melhor aparência possível. A cicatriz irá depender do tamanho da cirurgia”, diz Marcelo que completa “O recomendado é conversar com o médico para entender o que poderá ser feito em cada caso, visando atender as expectativas dentro do possível, mas focando sempre na cura”.

Marcelo Moreira detalha abaixo alguns passos importantes do procedimento cirúrgico:

Anestesia: é parte primordial do procedimento, pois evita dor e ajudar a dar conforto ao paciente. A anestesia pode ser local (com ou sem sedação) ou geral, caso seja necessário. O médico irá recomendar a melhor opção.

Remoção: a remoção deve ser ampla o suficiente para que não sobre nenhuma célula residual do tumor, gerando uma margem de segurança. “Cada tipo de tumor possui um comportamento diferente, logo, tais margens de segurança variam conforme o tumor – nos lados e na profundidade”, explica o cirurgião.

Reconstrução: existem várias opções. Da mais simples até a mais complexa:

SÍNTESE PRIMÁRIA: para lesões menores e em áreas com pele elástica. Geralmente feita em cunha e sutura.

RETALHO LOCAL: retalho é o nome dado a uma área de pele saudável próxima ao tumor que é recortada e usada para cobrir defeitos maiores ou em áreas delicadas.

ENXERTO DE PELE: enxerto é quando se retira a pele do próprio paciente para recobrir uma área maior ou que seja difícil fazer um retalho local. As áreas utilizadas para retirar o enxerto são, geralmente, áreas em que a cicatriz é mais fácil de esconder, como virilha e atrás das orelhas.

RETALHOS A DISTÂNCIA: podem ser retalhos musculares, miocutâneos, fásciocutâneos e microcirúrgicos. O diagnóstico e tratamento precoce visa evitar chegar a esse ponto e felizmente são menos frequentes.

Moreira também comenta que além do procedimento cirúrgico, embora seja muito raro, algumas formas de câncer de pele precisam de tratamento adicional, como a radioterapia. “Às vezes pode ser necessário também quimioterapia. Se for o caso, seu médico irá aconselhar sobre o tratamento e forma de acompanhamento”, completa.

É importante lembrar que embora a reconstrução proporcione uma aparência mais natural, nenhuma é perfeita. Cicatrizes visíveis sempre estarão nos locais de incisão, além disso, poderá haver alterações visíveis de cor, textura e outras diferenças na pele em áreas reconstruídas. “Todos os esforços serão feitos para restaurar a aparência do paciente, deixando-a a mais natural possível, porém o foco principal é sempre a cura do câncer de pele”, finaliza Marcelo Moreira.


Serviço:

Clínica de Cirurgia Plástica Marcelo Moreira


Endereço: Rua Barão de Lucena 48 / Sala 05 – Botafogo

Telefones:
(21) 3208-2186 / (21) 99348-5978

www.marcelomoreira.med.br


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