Segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística) divulgados na última semana, um grande número de brasileiros aparecia como não querendo ir as urnas no pleito de outubro e nesta recusa ao voto, as mulheres apareciam como a maioria.Ou sejam um percentual de 35% das mulheres brasileiras não querem votar ou ainda estão indecisas.
A candidata a deputada federal pelo Estado do Rio de Janeiro, a médica Angela Tenório, do Partido da Mulher Brasileira (PMB), responde algumas questões relativas ao assunto:
Por que a senhora acha que as mulheres estão fugindo do voto?
Angela Tenório – Isso é bem fácil de explicar. O que está acontecendo é a falta de confiança, as mentiras, as promessas que não são cumpridas. Como é que a gente vai apoiar os candidatos que nada fizeram durante esses anos que estão na política? São figurinhas carimbadas que não acrescentam nada. A situação do nosso país está piorando e em relação à mulher é pior ainda.
Falta muito para a mulher brasileira resgatar sua integridade, a sua dignidade como cidadã?Ela ganha menos que o homem, ela não tem as mesmas oportunidades. Qual seu pensamento sobre este assunto?
AT – As mulheres precisam trabalhar porque a renda familiar não consegue suportar os gastos. Elas estão fazendo o serviço dos homens e ainda tem o dever de cumprir a sua jornada caseira. Então, essas mulheres que deveriam ficar em casa, cuidando de seus filhos, gastam a maior parte de seu tempo no trabalho – quase não veem seus filhos. A educação está ruim. Então, a mulher precisaria ter um meio expediente para ajudar na renda e o outro expediente para cuidar das crianças.
AT – Isso é preconceito porque o mercado não estava preparado para receber as mulheres. Então, é preconceito contra a mulher. Ela trabalha tanto quanto o homem, então o salário deveria ser igual. Isso se chama desigualdade, isso se chama preconceito.
De mulher para mulher, Angela Tenório para as mulheres.
AT – As mulheres tem que aprenderem a se emancipar, elas tem que ser guerreiras. Lutar pelos seus direitos. O povo unido, as mulheres unidas, elas tem que lutar pelos seus direitos e não ficar esperando que que uma líder fale por elas.
No seu governo seu gabinete terá mais mulheres do que homens?
AT – Não, eu sou contra o preconceito. Eu vou estudar, eu vou avaliar cada pessoa e dependendo do seu perfil, aí sim a gente faz a seleção. Não é porque eu sou do Partido da Mulher que eu vou contratar mais mulheres. Eu quero pessoas competentes para trabalhar ao meu lado. E tem que ser pessoas guerreiras – e outro detalhe – não podem ter medo.
AT – Não, eu sou contra o preconceito. Eu vou estudar, eu vou avaliar cada pessoa e dependendo do seu perfil, aí sim a gente faz a seleção. Não é porque eu sou do Partido da Mulher que eu vou contratar mais mulheres. Eu quero pessoas competentes para trabalhar ao meu lado. E tem que ser pessoas guerreiras – e outro detalhe – não podem ter medo.