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A SAÚDE ESTÁ ZERADA!




Angela Maria Tenório de Albuquerque é médica e carioca de Guadalupe. Sobrinha- neta de Tenório Cavalcante, O HOMEM DA CAPA PRETA, é uma mulher que fez de sua garra pela justiça, uma metralhadora ambulante. A vida e a Medicina a fizeram circular por todos os cantos da cidade, conhecendo as misérias e virtudes do sofrimento humano.

Tornou-se uma militante pelo direito de viver com dignidade e decência, tendo a verdade como bússola para a conquista de suas inúmeras vitórias. Aos 65 anos, decidiu entrar para a política depois de entender o duro processo da peregrinação da saúde pública em nosso país e sofrer diariamente em seus plantões por Hospitais Estaduais e Municipais do Rio de Janeiro, a ponto de ter um colapso nervoso ao ser deixada sozinha, em uma emergência para atender mais de 200 pessoas em profundo estado de carência, deficiências e quadros que requeriam acompanhamento de diversas ordens. Ângela nasceu para ajudar a Vida e não para ceifá- -la!

Sem dinheiro, mas com muitos simpatizantes, companheiros de caminhada, colegas da saúde, gente que a conheceu da TV por suas denúncias, jornalistas de diversos segmentos, pessoas simples que a cercam no dia-a-dia de seu consultório, transeuntes que a param pelas calçadas da cidade, pelo simples fato de desabafarem a repudia contra nosso sistema de saúde, fizeram que ela encarasse a árdua tarefa de uma campanha política com a alma. Lançou-se Deputada Federal neste pleito e em seu caminho enfrenta dificuldades, inclusive dos muitos inimigos, que certamente sabem quem é a DRA. ANGELA TENÓRIO: uma mulher bomba, que vai detonar a Câmara Federal em prol do cidadão do Estado do Rio de Janeiro.

Sua bandeira, não poderia flamular em outra direção: SAÚDE... SAÚDE... SAÚDE, e claro, educação, pois uma não existe sem a outra, diz a médica, que em um ping-pong (diga-se de passagem, entrevista onde, por ser jornalismo, não houve comercialização monetária), apontou as prioridades do início do seu planejamento político: fiscalizar as contas públicas e o mal uso das verbas destinadas a saúde e desvios, programas de prevenção para evitar a grande procura por hospitais, defender a humanização do parto para reduzir cesáreas desnecessárias, mudança no S.U.S com a fiscalização de hospitais, UPAS, Postos de Saúde e Clínicas da Família; criação de uma ouvidoria para a população denunciar e fiscalizar, e levar propostas por uma saúde de qualidade aos governantes.

A senhora ficou muito conhecida depois de uma entrevista veiculada na TV Record, onde denunciou o abandono do serviço de saúde do Rio de Janeiro. Candidatar-se Deputada Federal é um caminho para continuar sua luta?


Angela Tenório - Minha candidatura foi movida pela aclamação dos colegas de trabalho e milhares de pessoas que me apóiam, me procuram e eu tento ajudar dentro das poucas condições que possuo. Em meu mandato a saúde será prioridade. Há uns anos, com o fechamento do Hospital Municipal D. Pedro II o atendimento complicou no Rocha Faria de maneira desastrosa. Certo dia, devido a denúncias, a TV Globo esteve lá e fui orientada a não falar com a imprensa, a me esconder (aliás, eu e todos os outros médicos). Como eu não aguentava mais ver o sofrimento dos doentes acabei dando uma entrevista, sem grande repercussão, sobre nossas dificuldades. Fui advertida e disseram que as entrevistas eram proibidas. Os amigos me apoiaram e começaram a falar que eu teria que ser a vereadora da saúde. Na época não deu. Agora venho como deputada federal. De uma necessidade nasceu a candidatura, a legenda. Um ano depois a imprensa voltou ao local e sozinha numa emergência para atender mais de 200 pessoas, eu sofri um surto e gritei mesmo: a saúde está zerada, os pacientes estão a mingua, morrendo (https://www.youtube.com/watch?v=c0nncpNSfEU). Daí para frente todos conhecem a história: houve um fortalecimento natural do meu grito de socorro mas tudo piorou absurdamente.

Em sua opinião, o que é necessário para mudar o quadro da saúde no Estado?

ANGELA TENÓRIO - Inicialmente abrir o diálogo. A administração atual não questiona com os médicos à respeito do assunto em pauta. A falta de diálogo com nossa classe, a má vontade dos governantes e a falta de investimentos contribuíram para que a saúde fosse parar no CTI.

Para a senhora, o que deveria ser mudado a nível do Governo Federal quanto a Saúde do brasileiro ?

AT - Solicitar as autoridades, pessoas capacitadas para exercer a verdadeira administração hospitalar, a trabalharem em prol da verdade, da honestidade e que os investimentos e fiscalização do dinheiro aplicado sejam transparentes. Partindo deste princípio, as mudanças virão em muito pouco tempo.

Existem outras propostas sem ser a saúde?

AT - Educação, saneamento básico, laser e segurança.

A senhora e seu tio-avô, Tenório Cavalcante, são parecidos em alguma coisa?

AT - Vim de uma família de pessoas humildes, determinadas, destemidas e perseverantes.

De onde veio o apelido Mulher Bomba?

AT - Houve uma explosão após sofrer assédio moral, ou seja nunca mais consegui trabalhar em um hospital público após minhas denúncias. Fui demitida.

É verdade que a senhora tem uma lista de hospitais, no quais chegará para bombardear a saúde junto com sua equipe?

AT - É verdade! Fiscalizarei um a um, e contarei com as denúncias daqueles que são vítimas do descaso e humilhação.

Angela Tenório por Angela Tenório?

AT -
Uma cidadã comum, interessada em conscientizar a população à leitura da constituição.


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