Pular para o conteúdo principal

Cirurgião do INCA comenta a importância da reconstrução mamária após mastectomia



Quem já passou por um câncer de mama sabe como é difícil ter que lidar com algumas mudanças na aparência provocada pela doença, mas o cirurgião plástico Marcelo Moreira, médico do serviço de cirurgia plástica e microcirurgia do Instituto Nacional do Câncer (INCa) e membro da American Society of Plastic Surgeons. aponta como a reconstrução mamária pode mudar isso!

Segundo Moreira, o câncer em si já é uma doença grave e causadora de muitos desgastes físicos e emocionais aos pacientes, bem como às suas famílias. Mas o câncer de mama, especialmente, tem sido uma preocupação recorrente da maioria das mulheres, principalmente das brasileiras que, segundo dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer), “é o tumor maligno mais comum entre as mulheres, bem como o que mais acarreta a morte feminina em decorrência da doença no País”.

Quando diagnosticado e tratado ainda em fase inicial as chances de cura chegam a 95%, porém nem sempre esse diagnóstico é feito a tempo, o que acaba levando à realização da mastectomia. “A cirurgia de remoção da mama para tratamento do câncer, por mais que seja necessária em muitos casos, pode acarretar numa ameaça à saúde não só física, mas psicológica da mulher. Portanto, a sua reconstrução é de suma importância para que a paciente recupere a autoestima, auxiliando, assim, no tratamento e no restabelecimento do convívio social” explica Marcelo Moreira.

O médico conta que a reconstrução mamária é uma cirurgia plástica reparadora, geralmente indicada para pacientes que sofreram a retirada de mama durante um tratamento de câncer. De acordo com ele, existem diversas técnicas para fazer a reconstrução da mama, mas algumas são mais indicadas.

"Existem vários métodos, desde os mais simples com próteses expansoras e passando por retalhos das costas, até reconstruções mais complexas, utilizando técnicas de microcirurgia como DIEP, que vem a ser a técnica mais avançada de reconstrução de mama, onde se usa a pele e a gordura do abdômen sem destruir nenhum músculo e sem utilizar material estranho ao corpo, como implantes mamários, criando um novo seio o mais próximo possível do natural" esclarece o médico.

O uso da prótese é recomendado nos casos em que não há tanto comprometimento da quantidade de pele e quando a paciente não apresenta tecido suficiente para reconstruir a mama. Já a técnica de transferência de retalhos consiste em retirar tecido de uma região do próprio corpo da paciente para a reconstrução da mama. A microcirurgia e os retalhos perfurantes constituem uma opção mais moderna para as mulheres mastectomizadas, pela menor agressão à parede abdominal e pelo retorno mais precoce às atividades habituais pré-operatórias. Marcelo Moreira salienta que a técnica mais indicada para cada caso deve ser avaliada individualmente, considerando-se todas as peculiaridades de cada paciente.

A reconstrução mamária pode ser feita tardia ou imediatamente. “A reconstrução imediata é quando a mama já é reconstruída na mesma cirurgia de mastectomia, evitando outro tempo cirúrgico e enfrentando apenas um período de recuperação. Já a reconstrução tardia geralmente é indicada para pacientes que não apresentam condições clínicas para realizar os dois procedimentos no mesmo momento, por exemplo quando a paciente tem um tumor mais avançado, optando, então, por uma cirurgia reparadora posterior” diz o médico lembrando que os resultados finais da reconstrução pós-mastectomia, podem ajudar a minimizar o impacto físico e emocional da mastectomia.
“Com o tempo, certa sensibilidade na mama pode voltar e as cicatrizes tendem a ficar mais suaves.

Há algumas limitações, mas, a maioria das mulheres acha que são pequenas em comparação à melhoria em sua qualidade de vida. Monitoração cuidadosa da saúde da mama através do autoexame, mamografia e demais técnicas de diagnóstico são essenciais para uma saúde a longo prazo” complementa Moreira.




É lei!
Tanto as pacientes atendidas pelo SUS (Sistema Único de Saúde) quanto as que possuem plano de saúde têm direito assegurado em lei de realizar a reconstrução mamária. De acordo com a lei 12.802/13, o SUS deve realizar a cirurgia reconstrutiva utilizando-se de todos os meios e técnicas necessárias para tal.

Já o artigo 10 –A da lei 9.656/98, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assistência à saúde, afirma que as conveniadas que vierem a sofrer mutilação decorrente de utilização de técnica de tratamento de câncer devem ter coberta a reconstrução com a utilização de todos os meios e técnicas necessários.

Serviço:

Clínica de Cirurgia Plástica Marcelo Moreira

Endereço: Rua Barão de Lucena 48 / Sala 05 – Botafogo

Telefones: (21) 3208-2186 / (21) 99348-5978

www.marcelomoreira.med.br

Postagens mais visitadas deste blog

Pacientes com câncer devem manter alimentação saudável mesmo no período de Natal e Reveillon

Quando o assunto são festas de final de ano, pacientes em quimioterapia e radioterapia precisam prestar atenção no que consomem. Segundo o onco-ortopedista Marcelo Bragança, do Hospital Clementino Fraga da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), não há proibições quanto à alimentação. A orientação é somente evitar alimentos gordurosos, pois eles podem potencializar efeitos indesejados da químio, como náuseas, enjoos e diarreia. ”Os alimentos muito gordurosos, como rabanada, coxa de frango com pele, carne vermelha, além dos embutidos, dependendo do paciente, podem causar mal-estar. Por isso, opte por porções reduzidas e coma em intervalos pequenos. Comece com as saladas, queijo branco, nozes, castanhas e frutas”, orienta o especialista aconselhando o consumo de carnes magras e se possível grelhadas. “Se comer peru, prefira a parte do peito e retire a pele. Asse com uma pouca quantidade de óleo”, aconselha o médico. Em relação ao consumo de bebidas, prefira sucos naturais ...

[News] Geanneti Tavares Salomon lança "Nó Corrediço", seu primeiro romance, no próximo dia 16 de dezembro, pela editora Patuá

  Geanneti Tavares Salomon lança "Nó Corrediço", seu primeiro romance, no próximo dia 16 de dezembro, pela editora Patuá A escritora e professora mineira Geanneti Tavares Salomon lança "Nó Corrediço", seu primeiro romance, sobre a vulnerabilidade infantil e a cruel realidade do abandono, pela editora Patuá, no próximo dia 16.12.   A narrativa levará o s leitores  a um mundo que, ao fim da história, permanecerá em seus pensamentos. Geanneti fala de  tema s  difíc eis ,  mas encanta facilmente e deixa aquela vontade de saber quando vem o segundo romance. Sinopse do livro Uma menina se vê perdida em um posto de gasolina à beira de uma estrada. Uma escolha inevitável se aproxima. No desolado cenário de Nó Corrediço, somos lançados em um mundo no qual a fragilidade de uma criança colide com a desconcertante complexidade dos acontecimentos. Com uma prosa sensível e envolvente que nos atrai para um mundo de vulnerabilidade infantil e solidão pa...

[Saúde]Juliana Gabriel promove a I Semana da Mulher - Entendendo a TPM pela TRIBU Saúde, entre os dias 15 e 18 de março, online e gratuitamente

  Juliana Gabriel promove a I Semana da Mulher - Entendendo a TPM pela TRIBU Saúde Evento ocorre de 15 a 18 de março, online e gratuitamente, com profissionais especialistas no tema. No mês da mulher, a TRIBU Saúde , multiplataforma de saúde e educação criada pela endocrinologista Juliana Gabriel , promove 3 aulas gratuitas - "I Semana da Mulher - Entendendo a TPM" , de 15 a 18 de março, com profissionais especialistas, para que as mulheres entendam melhor sobre o tema, os influenciadores externos e as ferramentas para passar pela fase de forma mais leve. Programação: 15/03 - " O impacto dos seus hormônios na TPM" (aula gravada) - Dra. Juliana Gabriel (endocrinologista) 16/03 - "O impacto da TPM no seu emocional" (aula gravada) - Luiza Machado (psicóloga) 17/03 - "O impacto da alimentação na sua TPM (aula gravada) - Milena Hernandes (nutricionista) 18/03 - Aula tira-dúvidas ao vivo - às 19h "Esse é um mês  muito especial - da Mulher - e represent...